Exibição de 'Barbie' é cancelada em Paris por "denegrir as mulheres" e acusar o diretor de "ceder ao islamismo"

Uma exibição ao ar livre do filme "Barbie" no subúrbio parisiense de Noisy-le-Sec foi cancelada devido a ameaças contra os funcionários municipais responsáveis pela instalação da tela e das cadeiras. Um grupo de jovens argumentou que o filme — uma sátira feminista considerada adequada para todos os públicos na França — "denegrir as mulheres" e "promover a homossexualidade", segundo a 'Société'.

O incidente ocorreu em 8 de agosto, e o prefeito comunista do subúrbio, Olivier Sarrabeyrouse , decidiu cancelar a exibição para proteger a segurança do público e da equipe. Ele também apresentou uma queixa alegando ameaças e intimidação, e o caso está sob investigação.

O cancelamento do evento provocou uma forte reação política . Partidos de direita e extrema-direita criticaram o prefeito por, segundo eles, "ceder à pressão islâmica". Os Ministros do Interior e da Cultura, por sua vez, descreveram o incidente como uma forma inaceitável de censura cultural.

O prefeito defendeu sua posição e afirmou que não cedeu, mas agiu para proteger. Denunciou a manipulação política dos eventos e alertou sobre o clima de ódio racista e islamofóbico que eclodiu nas redes sociais.

Por fim, anunciou que o filme será remarcado para setembro, em um cinema municipal, em data que não coincida com feriados ou períodos de alta tensão. A exibição será seguida de debate público.